vai por debaixo de qualquer asa
pousa sob qualquer braço
passa
não pede dignidade
não reza por perdão
- que isto tudo é conosco
que temos tanto que pertencer
pra além da noite
a noite não se importa
se não a achávamos noite o bastante
ou se é negra demais, agora
ou alheia demais
se nos tolhe a visão feito carcaça
ou se a tememos como um abutre
- ela não se importa, passa
que tanto aponte sua luz postiça
em nada mora, em nada parte,
pousa sob qualquer braço
vai por debaixo de qualquer asa
pousa sob qualquer braço
passa
não pede dignidade
não reza por perdão
- que isto tudo é conosco
que temos tanto que pertencer
pra além da noite
a noite não se importa
se não a achávamos noite o bastante
ou se é negra demais, agora
ou alheia demais
se nos tolhe a visão feito carcaça
ou se a tememos como um abutre
- ela não se importa, passa
que tanto aponte sua luz postiça
a escuridão que há tantos séculos resvala
em nada mora, em nada parte,
- nada escolhe, passa
pousa sob qualquer braço
vai por debaixo de qualquer asa
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