15.12.12


pérpetua, voltaica,
do ranço do volume paramentado, do ar elocubrando
do ar.

mascando portento como à maçaneta de um porão desastroso
corrói aos poucos,

sorvo disso uma leva
não posso desfalecer/ (velo) de outra coisa que
 silencia
tão ordinária, tão aquém
a mais reclusa, a mais
recente, a mais eterna

a me perscrutar a vontade.
não quer ser só minha, mas dobrar o vento
repartir a carne

lembrar, quer acima de tudo lembrar como se roçam  braços
que se desejam como dois dias inseparáveis

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