16.12.12

sobre a vontade do icone

não falo de espaços movimentados, embora o grumo revolva-se, lá, aquém de um exterior viciado em migrações. o grumo é deste aquém seu próprio contorno, origem e ponto de fuga. da moita das caçambas, vastidão precisa, espaço surgido. um meteorito, sabe-se, é a propria desintegração, a um lugar que não se poderia se dizer "a esmo". caco esvaziado de um vaso estanque arremeçado por força de nenhuma infantaria, seu eco é a luz já lancinada, a consequência quase ridicula dos rombos desde cima: quem viu, foi agraciado/ de uma fidelidade alienigena, irritante, pois. memória sem desolação, remindo dos tempos à fronte friccionada. diria-se um deserto, mas o ermo de que falo mora fático, é aí que pode adquirir sua precisão. espreita cotidiano como as moitas, ordinário, acontece no exercicio de distendê-las, artifício de um fracasso alagado/ é por conta das meias malhadas/ à corredeira, amor e mofo, duma raiz aterrada de ar, cedo.

 dizer "cedo"/ é das comportas um aço errático todavia/ fixo, do ferruginoso exercicio das eclusas, talo de lassidão, estreiteza monumental. o que se erradica. enquanto um primor a se experimentar, apresto de aspereza e pele, lençol e lápide, um maço que se queira poço, pelo furor de luz.

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