9.12.12


falo como quem se desapossa
de um pesadelo vitorioso

quem deixará de gaguejar a espera?

não esperemos que ela se fixe eu vos
rogo

até que ela se fixe, lida
sem ser ou revesar,

sem abotoar as cóleras

sabe quando precisamos fazer silêncio? então, é aí que ela entra
como um tomo
em branco

a espera. sabe/ quando precisamos calar a boca?
então,

arregaçá-lo, esse tomo, é do que precisamos

menos carniceiros são os dias
quando sei que tua face não é
outra página misteriosamente alagada
de devir:

ela se esconde
mais que as outras

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